A terceira edição do Seminário de Residencia Pedagógica da Área de História aconteceu entre os dias 21 e 22 de fevereiro de 2022. Ainda de forma virtual por conta da pandemia, o evento contou com a presença de diversos atores sociais envolvidos direta ou indiretamente no curso de Licenciatura em Historia: Professoras Bianca Albuquerque e Flávia Rocha (coordenadoras do subprojeto); Professora Georgia Lima (Coordenadora da Licenciatura/noturno); Professor Francisco Bento ( Coordenador do Mestrado Profissional em Ensino de História; professora Rosane Garcia (coordenadora Institucional do Programa); professora Ednaceli Damasceno ( pro-reitora de graduação) e reitora Guida Aquino.
A satisfação em participar do seminário e a importância do Programa traduziu-se na fala de cada participante da mesa de abertura. Em trecho da palestra proferida na abertura do evento, a professora Ednaceli Damasceno destacou a dimensão do programa e as práticas pedagógicas contextualizadas "...em cada sala de aula...em cada escola e em cada bairro da nossa cidade...". A conferência pode ser visitada pelo link: https://youtu.be/D9h6npeqNBc.
Encerrada a atividade matutina, no período da tarde foram apresentados resultados desenvolvidos com alunos da Escola Raimundo Gomes de Oliveira sob a regência da professora/preceptora Maria Raimunda. Com o título " Memorial de atuação dos residentes", os residentes iniciaram, destacando os trabalhos na rede social Instagram com publicações de datas comemorativas
Acima, imagens das residentes Geovanna Almeida e Thaís Albuquerque apresentando a rede social instagram.
Outro momento importante foi a apresentação das residentes Lo-Ruama e Paula Vitoria e as experiências e vivências no dia da Consciência Negra.
Em tempos de pandemia e aulas remotas, as aulas presenciais tiveram um sabor especial, sendo relatadas pelas residentes Viviane Costa e Sandy Carvalho , bem como a experiencia ministrar aulas em estúdio de gravação.
Mereceu destaque o ensino-aprendizagem por meio de oficinas, apresentadas por Ramon Nere e Maria Luiza. De forma sucinta, eles abordaram as oficinas de Curriculo Lattes, sequencia didática, elaboração e construção de artigo cientifico, bem como de resenhas.
As apresentações seguiram com os residentes enfatizando a participação feminina em varios contextos históricos e todo evento vespertino do primeiro dia pode ser visitado pelo link https://youtu.be/DcpbT9F6jgw
Com o tema " A Residência Pedagógica e sua atuação na formação de Afrocientistas", a escola Henrique Lima iniciou o segundo dia de seminário. Um vídeo de abertura elaborado pelas residenttes Cyndy Natana e syndley tendo como música de fundo a potente voz da cantora Elza Soares marcou o início dos trabalhos.
A partir da comunicação "Residência Pedagógica e afrocientista: Possibilidades de aplicação da Lei nº 10.39/03 no Ensino Medio", o residente Paulo Alves apresentou três momentos desenvolvidos ao longo do Programa: uma roda de conversa sobre o continente africano como berço do conhecimento científico, personalidade negra e, o processo migratorio e de urbanização do Acre a partir da década de 1970, com ênfase na população negra. O slide da apresentação está disponivel abaixo:
Enfatizando o I seminário Afrocientista Neabi/Ufac: exposição de poesia e ecrevivencia - compondo para não decompor, as residentes Nicole Albuquerque e Syndley Jorrany apresentaram a atividade desenvolvida com a aluna/afrocientista Melissa, uma jovem ativista e poetisa, participante de eventos voltados à população negra.
A ideia de criar um Podcast e concretizado pelos residentes, foi o tema da comunicação do residentes José Luiz e Marcelo Freire, um instrumentos para difundir as ações do projeto Afrocientista, entrevistando residentes, alunos e a equipe que esteve à frente do projeto.
já a residente Cassia Iasmin optou por apresentar a comunicação "Afrocine e a possibilidade de ensino através do áudio visual", relatando aventuras e desventuras através da produção cinematográfica sobre filmes com a temática étnico-racial.
Adrian Araújo e Marcos Carvalho discorreram a respeito das primeiras experiências no programa desde os grupos de estudo, passando pelas aulas laboratoriais até a inserção do Projeto Afrocientista no programa, possibilitando experiências e novas visões.
Para fechar as apresentações matutinas, Cyndy Souza apresentou seu relato na Residência e no Projeto Afrocientista. Merece destaque o fato de a residente ingressar no programa num segundo processo seletivo, mas muito atuante, desde a visita de campo para fazer o reconhecimento da Escola, bem como sua pesquisa para apresentar uma personalidade negra de grande representatividade na música e seu empenho em participar do primeiro seminário Afrocientista Neabi/Ufac
todas as apresentações do segundo dia podem ser vistas na íntegra pelo youtube no canal da residencia pedagogica através do link: https://youtu.be/Osx71GCCIfs.
"Desafios e possibilidades para o Ensino de História Indígena na Residência Pedagógica" foi o tema escolhido pelos residentes da Escola Lindaura Martins Leitão, na batuta da professora/preceptora Fernanda Lopes.
No inicio da sua apresentação, Ruth Pereira trouxe um resumo dos grupos de estudos desde o início das atividades do Programa; a riqueza de conteúdo traduz-se no título de cada momento. A residente apresentou também a rede social facebook em sintonia com o instagram,
Junto com a residente Elissandra Cruz, apresentaram um resumo das aulas com a temática indígena, enfocando os diversos povos do Estado do Acre.
Na sequência, Alice Leão e Elissandra Vieira trouxeram para o debate a diversidade dos povos originários e o protagonismo feminino indígena.
Danilo Rodrigues aprofundou debate sobre a questão indígena com enfoque nos povos Huni Kuin e Andrisson Ferreira apresentou o protagonismo dos povos originários para a formação da sociedade brasileira, trazendo relatos de Eldo Shanenawa e Edilene Barbosa, ambos indígenas, protagonistas de suas próprias histórias e mestrandos do programa de pós-graduação em linguagem e identidade da universidade Federal do Acre.
A riqueza de todo esse conteúdo pode ser visto pelo link disponível a seguir: https://youtu.be/s6jvkiaGVQg.
O programa Residência Pedagógica oportuniza aos discentes a experiência de estar no "chão da escola", porém não foi possivel ocupar os espaços das salas de aula, estar próximo aos alunos, da gestão e da comunidade escolar em geral. A segunda edição do Programa aconteceu num momento difícil, não somente para a Universidade Federal do Acre, mas para a cidade de Rio Branco, a região norte e o Brasil. A pandemia que assolou e assola o mundo iniciou na China, atingindo as localidades mais remotas do globo.
Iniciamos em novembro de 2020! Estranho começar no final. Perdemos tempo? Se pensarmos de forma contrária, é interessante refletir sobre José Saramago e a metáfora do tempo perdido no romance "A caverna". Em entrevista à Folha de São Paulo de 11 de novembro de 2000, o escritor afirma que "...não se pode retomar o tempo que passou, mas as experiencias recolhidas ao desfrutar dele não se perdem", nesse sentido, acreditamos que cada residente teve sua experiência particular.
Assim, tivemos que nos reinventar pois estávamos e ainda estamos circunscritos num mundo virtual, cada um na sua janela: notebooks, telefones celulares, tablets, enfim, aparelhos e aparelhagens (WhatsApp, youtube, googlemeet, googleforms, etc) passaram a ser instrumentos de trabalho no cotidiano da vida do residente. E o resultado de dezoito meses de trabalhos foram traduzidos de forma resumida no terceiro seminário. Quanta produção repleta de conteúdo transmitida de forma singela para alunos do ensino fundamental e médio.
Que venha a terceira edição do Programa de Residência Pedagógica e com ele novos residentes e novas experiências se acrescentem e multipliquem às práticas pedagógicas na/da educação básica em cada sala de aula, em cada escola e em cada bairro da nossa cidade.
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