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Construindo Identidade, escrevendo memórias!

PIBID NÚCLEO 3

O Afrocientista entra numa nova etapa, por esse motivo temos a satisfação de registrar neste espaço a percepção dos estudantes que participam do projeto e estão construindo suas identidades a partir de seu pertencimento etnico-racial.


Não é exagero afirmar que participar da construção do conhecimento é algo que não tem valor e ficará registrado em nossas memórias! É o sentimento dos residentes da Escola Henrique Lima ao participar do projeto afrocientista. Os depoimentos abaixo são relatos de jovens, que juntamente com professores e colaboradores estão descobrindo a riqueza do conhecimento africano e afrodescendente.


Nesse processo de construção, o afrocientista Ryan percebeu que o empoderamento de pessoas negras foi resultado de muitas batalhas para conseguir os seus direitos de liberdade, pouca coisa mudou de antigamente pra hoje. Ele pontua também que a beleza negra não se encaixava no padrão da mídia, mas isso está mudando. Outro ponto importante também destacado pelo jovem estudante diz respeito ao preconceito com a cultura de favela que muitos vêem como coisa de marginal.




Participativa nas atividades do programa, Ketelem afirma que sempre aprende bastante. Ao conhecer duas mulheres de produção da ciência, ela afirma:

- "Foi muito bom adquirir conhecimento de duas grandes cientistas negras. Eu gostei muito pelo fato de uma delas dar exemplos no finalzinho da aula sobre o que ainda acontece bastante na nossa sociedade, que é o preconceito da cor da pele, da textura do cabelo e de muitas outras coisas. E o preconceito é algo que eu acho que nunca vai deixar de existir porém temos que viver sempre em busca da igualdade. A presença de uma delas foi essencial pra termos um excelente exemplo.

Ela destaca tambem a importância do projeto: - " como não falar desse projeto? sendo incrível... eu amo muito participar".


A satisfação de Luis Linard em participar do projeto se traduz nas suas palavras.

- "É uma honra participar desse programa. É muito bom estar tendo a oportunidade de aprender muitas coisas novas, com pessoas maravilhosas, que não recebem nada por isso, mas não tiram o sorriso do rosto quando estão nos ensinando".

Para o afrocientista as atividades são sempre maravilhosas e sempre aprendendo algo novo com elas, seja nas aulas, nos debates ou no Afrocine. Ele complementa que no programa tem a oportunidade de conhecer muitas personalidades negras importantes na nossa luta, como Madam C.J. Walker e Jacilene Brasil. Uma foi a primeira mulher negra empreendedora e primeira mulher negra a enriquecer por conta própria nos Estados Unidos; a outra, professora, socióloga e pesquisadora das questões raciais e de gênero.


Melissa é uma jovem perspicaz nos debates do programa e na escrita. vejamos sua percepção ao participar do progama.

- "Apesar de todo o acesso que eu tive de alguns anos pra cá, não tinha tanto interesse sobre a cultura preta, a cultura do meu povo e as minhas raízes, por falta de incentivo, interesse e principalmente por falta de representatividade em tantos lugares, na escola, em desfiles, na televisão e muitos outros espaços".

- "Ouvir pessoas como eu, ser rodeada de pessoas como eu, me fez parar pra pensar em que novos passos eu estou dando e o quanto isso tem aberto a minha mente pra achar a minha própria identidade, pra aceitar quem eu sou e aprender a ouvir nossos ancestrais que se foram, aprender com eles, lutar como eles, e ensinar os que virão".

Para ela, o projeto Afrocientista é uma oportunidade de extrema importância para o desenvolvimento de aceitação e de aprendizado. E é bastante incisiva ao destacar que a educação precisa chegar nas escolas periféricas: -"Todos têm o direito de ter acesso, de estudar e se conectar com novos conhecimentos, porque não há inferiores e sim merecedores de toda educação que o Brasil pode disponibilizar, precisamos de mais acessos nas favelas".

- "Com as aulas do curso, tenho conhecido histórias difíceis, histórias que não estar no "retrato" do país de ordem e progresso. O que tem me feito levar a crer de que eu posso alcançar lugares de "poder", e que eu devo estar em ambientes que o sistema insiste em dizer que não é o nosso lugar".

- "Tenho muito a agradecer aos professores que estão fazendo parte desse projeto, e que estão acompanhando de perto o nosso desenvolvimento. A última aula que tivemos eu pude conhecer de perto uma história de uma mulher Acreana, preta, professora, militante: Jaycelene Brasil. E também sobre a história de Madam C.J Walker, que enfrentou o sistema branco, não sendo somente uma mulher preta, mas uma empreendora que abriu oportunidades de empregos pra tantas mulheres Afro-Americanas na sua empresa de comésticos, e não apenas isso, foi uma ativista de extrema importância pra nossa história, e seu nome é lembrado ao redor do mundo. Referência pra gente nunca pode ser demais. Obrigada curso e a todos os professores".


Com profundeza de palavras, Rafael Tavares percebeu que o racismo vem de uma geração de séculos.

- "Há séculos o racismos não tinha uma lei para contê-lo, hoje em dia o racismo é crime, mais para isso houve pessoas que lutaram pela igualdade social e pelos direitos civis, muitos não conseguiram ter a conquista para revolucionar, mas após anos de luta pessoas negras conseguiram revolucionar, uma delas é o lider ativista que se tornou o primeiro presidente negro da África do sul nelson mandela que lutou pelos direitos civis em seu pais que vivia sob a segregação".


Como fonte de inspiração para Vanessa Carmo, as atividades do Afrocientista são determinantes para ela engajar na luta

-"Como pessoa negra, participar do Projeto Afrocientista, tem sido uma experiência singular. É honroso ter o privilégio de poder conhecer de forma mais aprofundada sobre a história do meu povo. Ao mesmo tempo lamento por outras milhares de pessoas que não tem a oportunidade de acessar a esse conhecimento".

-"Tenho aprendido bastante através de aulas, rodas de conversa, debates e o nosso momento Afrocine. Fazer parte de tudo isso tem me impulsionado a pesquisar e aprender cada vez mais para que eu possa ser um meio de levar todo esse conhecimento à diante.

Todas as aulas são sempre proveitosas e nunca saio de nenhuma se ter aprendido algo novo".

Na perspectiva em relação ao empoderamento de mulheres negras, Vanessa ressalta a relevância e representatividade para ela.

- "Tivemos a honra de conhecer um pouco sobre a história de duas personalidades negras de extrema relevância na nossa luta. Duas mulheres negras, o que torna a representatividade ainda maior para mim.

- "De um lado, Jaycelene Brasil, Acreana, socióloga, professora, militante de direitos humanos e pesquisadora das questões raciais e de gênero. De outro, Sarah Breedlove, popularmente conhecida por Madam C.J Walker, empreendedora e primeira mulher negra que enriqueceu por contra própria nos Estados Unidos. Com certeza, ambas se tornaram inspirações para mim. Depois de conhecer suas histórias, estou mais determinada ainda a lutar por nossas causas e contribuir para a mudança de visão eurocentrada de que tudo o que provém do preto é sujo. Tenho orgulho do meu povo, meus traços e de ter herdado à sua coragem. Continuaremos na luta!".

Com Singeleza, Nathy Ferreira descreve a experiencia de participar do projeto.

- "De acordo com as aulas que o projeto afrocientista tem me proporcionado, poderei expressar um pouco da experiência ao estudar o mesmo.

- "Os temas abordados em aulas anteriores tem sido uma grande reflexão de vida. Falar sobre desigualdade racial, social e do preconceito que infelizmente é a nossa realidade, tem sido gratificante pois estou adquirindo novos conhecimentos que antes não sabia. Além disso conhecendo história de cientista negros brasileiros que tanto lutaram pela igualdade. Isso me incentiva a lutar também por um mundo melhor onde todos tenham direito iguais.

- "Por falar em cientista vale ressaltar que no dia 09/06/2021 foi apresentado duas grandes cientistas negras, uma brasileira, na qual tive o privilégio de conhecer suas histórias inovadoras que dão força e incentivo a continuarmos lutando. Portanto só tenho a ganhar com este projeto que tanto nos retrata o quanto é importante lembrar nossos valores na sociedade".


O Alegre e participativo Luiz Fernando relata a experiencia de conhecer, ainda que de forma virtual, uma cientista da área das ciencias humanas, tão atuante na educação. destaca a importancia do projeto ao tratar a origem da cor preta, e a importância de nos impor sobre diversas situações.

- "No dia 9 de junho, tivemos a honra de conhecer a personalidade negra, Jaycelene, com bacharelado em ciências sociais pela UFAC (1999) Licenciada em Ciências Sociais pela - FINOM (2010). Especialista em Gestão Estratégica de Políticas Públicas pela - UNICAMP (2017).

- "De longe uma mulher negra importante para muitos e com um extenso currículo, ela é nascida no Acre, uma personalidade na qual eu me senti impressionando em conhecer e que infelizmente eu não ouvia falar sobre se não fosse pelo projeto afrocientista. Ao decorrer do projeto até o mês de junho, vimos algumas personalidade negras, debatemos sobre o passado de nosso ancestrais, esclarecer muito sobre o rascimos pra quem não entendia.


Para finalizar, Yasmin já tem conhecimento que a população negra é a maior do Brasil e problematiza:

- "Antigamente não haviam tantos meios para os autos cuidados dos cabelos, entre outros. Devido a isto a importância de ter cosméticos para negros. Ao longo do tempo, houve uma série de transformações estéticas em mulheres e a evolução da internet ensinando os autos cuidados, além disso os negros começaram a estar presentes no mundo da moda, os modelos e isso trouxe muita iniciativa para outros jovens.

Relatando sobre Madam Walker, ela descreve:

- "Ela sofreu problemas no couro cabelo, por causa da sua alergia com sabonetes , após conhecer Annie Malone, empresaria negra do ramo de produtos de cabelo, começou a aprender mais sobre cosméticos e desenvolveu sua linha. Auxiliou as pessoas, oferecendo emprego, contudo foram mais de 40 mil afros-americanas da pobreza.

E complementa: - "Nos anos 60 surgiu uma forma de renascimento cultural da comunidade negra dos EUA, a Lei dos Direitos Civis, de 1964, que encerrou as leis de segregação racial e permitiu, legalmente, que a população negra frequentasse os mesmos locais e ocupasse os mesmos lugares que a população branca, além das discriminações raciais.


Os relatos acima são muito gratificantes na medida em que, enquanto professores/pesquisadores, temos a missão de desconstruir "um conhecimento" que invilisibilizou durantes séculos saberes ancestrais, mas que a partir da Lei 10.639/03 tira do silenciamento a ciência, a tecnologia e o conhecimento africano e afrodescendente.









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