Quadro Negritude Mundana
O projeto Afrocientista tem contribuído bastante para a formação dos residentes da Escola Henrique Lima. As discussões transcendem a temática da ciência e a partir delas ficamos sabendo do talento artístisco de um residente.
O quadro "Negritude Mundana" é uma obra elaborada por Hellen Lirtêz - uma artista acreana - juntamente com o residente Adrian Araujo. Na pintura, os artistas querem transmitir o peso que as pessoas negras trazem, não só na cor, mas tambem na história.
Para Hellen, as profissões consideradas subalternas são todas ocupadas por pessoas negras, que carregam o peso de uma colonialidade empregada pelo homem branco, que por causa do processo de eugenia tiveram que apagar sua negritude, escondê-la, negá-la, se colocarem em posições que retiraram o empoderamento e o pertencimento na sociedade.
Negritude mundada fala muito do que o mundo faz com a população negra; de carregar na cor o peso da própria existência; de ter que reinventar a própria maneira de existir todos os dias, desde que nasce até o último dia.
Pessoas morrem - ou são mortas - nas favelas, a exemplo da chacina na comunidade do jacarezinho/RJ; e a gente por vezes não contesta, parece que se naturalizou. A colonialidade é um peso que está na base da sociedade, é necessario romper com esse padrão colonial, onde todos os dias morrem pessoas negras, o genocídio é muito explicito, nas palavras ditas, nos jornais, e no meio político.
Quem são os mais atingindos na pandemia? Tudo isso é um peso na cor. E através da arte o projeto Residência Pedagógica da área de história da Ufac busca formar professores para construir uma educação antirracista e não-excludente.
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